Colocar as pessoas (usuário) em primeiro lugar vem, a cada ano, tomando mais espaço no pensamento dos profissionais e decisores do mercado digital. E…. que bom! Em 2020, com certeza, isso vai ser ainda maior e, para ficar!
O foco na entrega de uma melhor experiência é visto claramente no pensamento dos entrevistados em pesquisa recente publicada pela mLabs, na qual 69% demonstram interesse em aprimorar e ampliar seus investimentos em SEO e 67% em Branded Content.
Além disso, 2020 é o ano da LGPD – Lei Geral de Proteção de Dados. Mas, LGPD é muito mais do que uma lei, é uma forma de pensar respeitosamente no relacionamento com as pessoas. Deixar de ser invasivo e começar a entregar ao usuário aquilo que ele realmente tem interesse e solicitou formalmente receber.
De forma geral, é uma mudança de pensamento/comportamento do marketing. Na prática, o marketing, por muito tempo, se relacionava com com as pessoas explorando muito mais o seu poder do que sua autoridade. No entanto, isso vem diminuindo a cada ano e, em 2020, vai diminuir ainda mais, obrigando as empresas e anunciantes a se adequarem cada vez mais em entregar uma melhor experiência ao usuário.
O ano de 2020 também é um ano de melhores adequações ao canais de comunicação digital. Com a mudança de pensamento e comportamento dos anunciantes, os conteúdos e estratégias serão muito mais adequados às características dos canais e a forma com a qual as pessoas se relacionam com estes.
No relatório recentemente publicado pela Social Media Week São Paulo em conjunto com a mLabs, LinkedIn, Instagram e YouTube se destacam como maiores fontes de interesse em ampliação de investimentos e relacionamentos das marcas com as pessoas.
Apesar do LinkedIn não ser nenhuma novidade para grande maioria das pessoas, são poucos, senão raros, os anunciantes e empresas que têm bons resultados com a rede social. O principal motivo disso? Pouca adequação do conteúdo e estratégias em relação ao que as pessoas procuram neste canal.
No Instagram os resultados podem ser muito mais baratos, mas têm suas limitações quanto à qualidade quando se trata de relações profissionais. Na sua grande maioria, as pessoas se relacionam na rede mais para entretenimento e interesses pessoais e menos em relações profissionais.
Não quer dizer que assuntos como capacitação profissional, negócios B2B e coisas do tipo não possam ter aderência nesta rede, no entanto, requer muito mais estudo e adequação em relação a produtos voltados ao consumidor final, principalmente nas áreas de moda, saúde e pet.
Já o YouTube, devido à sua maior adequação ao perfil do usuário, pode reunir e entregar resultados nestas duas frentes. O foco e segmentação são fundamentais para isso, ou seja, adequar-se ainda mais ao perfil e interesse do usuário. Além disso, investir em Youtube é investir no Google, facilitando ainda mais o ranqueamento e indexação da sua página na ferramenta de busca.
De modo geral, por trás destes 3 canais, existe a semelhança de exibir os conteúdos em vídeo e este é uma das maiores tendências para 2020. Produzir conteúdo em vídeo, para marcas e anunciantes, requer maturidade digital. Primeiro porque, na maioria das vezes, precisa de mais investimento e energia. Segundo, porque vídeo aumenta a acessibilidade do usuário aos seus conteúdos.
O que se pode observar como principal tendência no comportamento dos anunciantes e do mercado digital como um todo, é menos euforia e mais maturidade.
Antes, as preocupações estavam muito mais voltadas, euforicamente, em adivinhar qual seria a nova tecnologia/rede social que chegaria e mudaria tudo do dia para a noite.
Não quer dizer que coisas novas não estejam chegando, como a crescente do SpotiFy e o Tik Tok, e que sua marca também não deva pensar nelas. Pelo contrário, se fizer sentido para sua estratégia, vale a pena apostar com cautela.
No entanto, os grandes players atuais estão saudáveis, estáveis e maduros. Possuem um bom aceite e engajamento do público e, como falamos no início, a experiência das pessoas deve estar em primeiro lugar.